Músicos de Praia Grande e Poços de Caldas convencem jurados e conquistam prêmios

Público lota teatro Manoel Lyra para aplaudir músicas de todo o Brasil

Animação, música da melhor qualidade, ritmos diversificados, organização e um público participativo foram as principais marcas do festival ecológico nacional de MPB “A Canção da Terra”, que se encerrou na noite deste domingo, 27, no Teatro Manoel Lyra, em Santa Bárbara D´Oeste. As composições “Água Boa de Beber”, de Zé Alexandre (Poços de Caldas/MG) e “Diário de Uma Flor”, de Ivânia Catarina (Praia Grande/SP) chamaram a atenção do júri e levaram as melhores premiações do evento, sendo – respectivamente – R$ 5.000 e R$ 4.000. Final contou com aguardado show de Arnaldo Antunes.

“É muito bom poder fazer um show num festival com uma temática tão interessante”, disse Antunes, minutos antes de encantar a plateia do Manoel Lyra.

Plateia, aliás, elogiada pelos participantes do evento.

“A organização está de parabéns por manter uma plateia como esta num evento tão importante para nós”, comentou o cantor e compositor Zebeto Corrêa, de Belo Horizonte/MG, que ficou com a quarta colocação com a música “Um Rio no Tempo”.

De São José do Rio Preto/SP, Thiago Augusto também enalteceu o público. “É bonito ver tanta gente vindo ao teatro para conferir músicas inéditas, estamos satisfeitos com a receptividade”. Augusto foi considerado o melhor intérprete do festival.

Além deles, faturaram prêmios do “A Canção da Terra”, Gil Damata, de Belo Horizonte/MG, com a música “Louvação” (3º lugar) e Rodrigo Zanc, de São Carlos/SP, com a composição “Rios” (5º lugar).

Entre as concorrentes barbarenses, o segundo lugar ficou com a banda Capitão Pimenta (“Salve este planeta”) e a melhor música foi a “Pobre do Homem”, de Gilberto Minotti e Ruby de Abreu. A música “Garça Pantaneira”, de Santa Bárbara, foi interpretada pela dupla jovem Mayra e Cleber, que levou torcida e conquistou o prêmio de Consagração Popular.

“Pude ver algumas produções novas dentro do festival, o que me deixou muito satisfeito”, afirmou Paulo Brasileiro, um dos integrantes do júri. Ciça Chadô, Carlos Jerônimo Vieira, Aparecido Dias e Fernando Barreto também fizeram parte do corpo de jurados.

A final contou com a presença do prefeito de Santa Bárbara, Mário Heins; do prefeito de Limeira, Silvio Félix; do vereador barbarense Juca Bortolucci; dos vereadores de Limeira, Silvio Brito e Ronei Martins; do secretário de Cultura e Turismo de Santa Bárbara, Giovanni Bonfim; e do secretário de Turismo e Eventos de Limeira, Marcos Camargo.

“Santa Bárbara celebra a ecologia com o que existe de melhor das produções musicais de todo o país”, comemorou Heins.

Segundo Bonfim, o evento superou as expectativas dos organizadores e o público participou de forma intensa, arrancando elogios dos participantes. “A população abraçou o festival”.

Para o diretor artístico, criador e apresentador do “A Canção da Terra”, José Farid Zaine, o evento foi um sucesso e o seu retorno agradou o povo barbarense. “As pessoas estavam felizes, aplaudindo e participando muito das apresentações que passaram pelo palco do teatro. Foi uma aprovação espetacular”.

Zaine brincou com o público em diversos momentos, fez perguntas sobre a história dos festivais de música do país e também sobre cinema. O irreverente apresentador chegou a cantar trechos de algumas músicas nas pausas entre uma apresentação e outra, como “Ne Me Quitte Pas” e “Ponteio”.

Performance

Alguns dos participantes ousaram e chamaram a atenção da plateia. Foi o caso, por exemplo, da cantora paulistana Cristoilma, que apresentou a música “Aldeia Camaiurá”. Enquanto a sua banda ajeitava os últimos detalhes, Cristoilma surgia pela coxia do lado direito do palco, caracterizada de índia, emitindo barulhos que remetiam os espectadores às florestas brasileiras. Sons de lobos, macacos, grilos e outros bichos saiam, misteriosamente, da voz da intérprete.

Gil Damata também foi criativo e, de máscara preta, segurando um objeto com fitas coloridas, dançou e pulou relembrando as festas populares e religiosas de Minas  nos segundos finais da apresentação da música que defendia.

Chamou a atenção também a apresentação do grupo limeirense “Toc Percussivo”. Os integrantes defenderam a música “Vaca de Ferro” descalços.

“A Canção da Terra” foi realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Santa Bárbara, com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Estado de São Paulo, produção cultural de 3marias Produtora e patrocínio da Têxtil Canatiba.

Confira premiação completa e os valores dos prêmios:

Nacional:

1º Lugar – R$ 5.000

Água Boa de Beber

Intérprete: Zé Alexandre

Cidade / UF: Poços de Caldas / MG

2º Lugar – R$ 4.000

Diário de uma Flor

Intérprete: Ivania Catarina

Cidade / UF: Praia Grande / SP

3º Lugar – R$ 3.000

Louvação

Intérprete: Gil Damata

Cidade / UF: Belo Horizonte / MG

4° Lugar – R$ 2.000

Um Rio no Tempo

Intérprete: Zebeto Corrêa

Cidade / UF: Belo Horizonte / MG

5º Lugar – R$ 1.000

Rios

Intérprete: Rodrigo Zanc

Cidade / UF: São Carlos / SP

Santa Bárbara:

1º Lugar – R$ 2.000

Pobre do Homem

Intérprete: Gilberto Minotti e Ruby de Abreu

Cidade / UF: Santa Bárbara d´Oeste / SP

2º Lugar – R$ 1.000

Salve este planeta

Intérprete: Capitão Pimenta

Cidade / UF: Santa Bárbara d´Oeste / SP

Melhor Intérprete – R$ 1.000

Motor

Intérprete: Thiago Augusto

Cidade / UF: São José do Rio Preto / SP

Consagração Popular – R$ 1.000

Garça Pantaneira

Intérprete: Mayra e Cleber Fernandez

Cidade / UF: Santa Bárbara d´Oeste / SP

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Festival “A Canção da Terra”

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